Erika Nelumba: “Nunca achei que tivesse jeito para a representação”

Cantora, nutricionista e agora também actriz. Aos 36 anos, Erika Nelumba fez sucesso com a sua participação em “No Cubico dos Tuneza” e a sua personagem está de volta à série! A viver em união de facto, esta multifacetada mulher assume a certeza de mais um desafio: quer ter filhos.

Recentemente actuou em Luanda e emocionou-se ao cantar o tema “Filha de Deus”. Porquê?
Sempre que canto esta música, acabo por me emocionar, seja pela melodia ou seja pela letra. Reflecte um pouco daquilo que é a minha vida: nunca desisto dos meus objectivos e sei que posso sempre contar com Deus.

Disse que se lembrou de todas as suas lutas. Que lutas foram essas?
Lutas na vida pessoal e profissional.

Qual a fase mais difícil que passou?
Talvez a fase da minha especialização, porque tive que passar quatro anos fora, em São Paulo (Brasil), muito longe da minha família e da minha realidade. E também porque tive que interromper o meu percurso como cantora.

Conseguiu formar-se em Medicina e é também cantora. Como concilia as profissões?
Digo sempre que quem corre por gosto não se cansa. É o meu caso, tanto como cantora quanto como médica.

Qual das profissões mais a realiza?
Sinto-me feliz e satisfeita com as duas.

Os fãs procuram as suas consultas só para conhecê-la?
Não. (risos) Vêm à consulta para tratarem-se mesmo. Grande parte deles por indicação de outros profissionais ou mesmo de outros pacientes. O que me deixa muito satisfeita!

Qual a situação mais engraçada que já teve numa consulta?
Ter que “provar” que era mesmo a Erika Nelumba cantora!

INSPIRAR OS SONHOS DOS OUTROS

Mostrou em “No Cubico dos Tuneza” também ter talento para a representação. É algo que quer voltar experimentar?
Nunca achei que tivesse jeito para a representação, mas confesso que sempre tive vontade de experimentar. É certo que, como cantora, já tive que exercitar este lado, mas fazer televisão, principalmente comédia, foi realmente um grande desafio.

Lançou o seu ultimo álbum este ano, onde tem um dueto com Paulo Flores. Com que outros artistas gostava de cantar?
Gostaria de cantar com vários artistas. Mas de momento nenhum em específico.

Qual a sua ambição como cantora?
Desejo ter uma carreira longa e sustentável. Levar a minha música o mais longe possível. Também gosto de inspirar outras pessoas a não desistirem dos seus sonhos.

Alguma vez se sentiu discriminada nas suas profissões por ser mulher?
O Mundo – e Angola em específico – ainda é bastante dominado por homens, mas não me lembro de ter passado por alguma situação de discriminação, especialmente por ser mulher.

É casada?
Vivo em união de facto.

Deseja ter filhos?
Com certeza!